Filho de Zizinha com Geraldo (daí o nome Ziraldo), Ziraldo Alves Pinto era apaixonado por histórias em quadrinhos desde criança. Formou-se em direito em 1957, mesmo ano em que começou a publicar suas ilustrações na revista "A Cigarra".
Longe dos tribunais, o advogado marcou publicações como "O Cruzeiro" e o Jornal do Brasil, inserindo no cotidiano dos leitores uma série de personagens populares, caso de Jeremias, o Bom, a Supermãe e o Mineirinho.
Nos anos 1960, publicou "A Turma do Pererê", primeiro gibi brasileiro do gênero feito por um só autor. A revista, que tinha como personagem principal o próprio Saci Pererê, encerrou suas atividades em 1964, com a tomada do poder pelos militares.
O ano de 1969 foi crucial na carreira de Ziraldo. O cartunista tomou gosto pelo jornalismo e ajudou a criar "O Pasquim", jornal crítico ao regime militar do qual participaram nomes como Millôr Fernandes , Jaguar, Henfil, Paulo Francis e Ivan Lessa.
Ao mesmo tempo, lançou seu primeiro livro infantil, o premiado "Flicts". A história, que retrata uma cor que não encontrava seu lugar no mundo, foi elogiada até pelo astronauta norte-americano Neil Armstrong, que após ler o livro escreveu para o autor "the moon is Flicts" ("A lua é Flicts", em português).
Seu maior sucesso editorial, "O Menino Maluquinho", foi lançado em 1980. Ganhadora do prêmio Jabuti, a história foi adaptada para teatro, cinema e até ópera, com uma versão feita pelo maestro Ernani Aguiar.
Posteriormente, o personagem ganhou uma série de histórias em quadrinhos.
Irreverente, Ziraldo lançou em 1999 a revista "Bundas", uma sátira da revista "Caras", e posteriormente "O Pasquim 21", jornal semanal que fez alusão ao histórico "O Pasquim".
Ainda na ativa, o cartunista segue com trabalhos nas áreas de ilustração, literatura infantil, charges e histórias em quadrinhos.
Do Último Segundo
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