Outro dia, me peguei inventariando as leituras de quando eu era criança. Não faltaram as obras que fizeram parte da vida de toda a minha geração: As aventuras de Tom Sawyer e Huckleberry Finn (de Mark Twain), Reinações de Narizinho (Monteiro Lobato) e as histórias da Condessa de Ségur. Depois, os livros de Agatha Christie. Sem esquecer, é claro, dos famosos gibis.
Mas nunca me esqueci de um livro que marcou essa época: Sir Jerry, Detetive – O Prestidigitador. Era um volume da série que fazia parte da “Coleção Menina e Moça”, lançada pela Livraria José Olympio Editora, que divulgava os romances da famosa “Bibliothèque de Suzette”.
A história transcorria nas férias, passadas na casa do Tio Dick, de uma turma de crianças. Tia Belle contratava, então, um show de mágica para animá-los. Mórouji, o prestidigitador, começa a apresentação no escuro, e após uma estrondosa gargalhada, o mágico desaparece e em seu lugar surge uma menininha de cabelos encaracolados. Mas o colar de pérolas negras de Tia Belle desaparece também. Aí, começa o grande mistério.
Esses livros da “Coleção Menina e Moça”, apesar de publicados a partir de 1934, ficaram por muitas décadas ainda presentes no mercado literário, alcançando assim, a minha geração, e eram recomendados às garotas por serem de absoluta confiança – os editores afiançavam, assim como autores e intelectuais envolvidos na livraria da editora, como José Lins do Rego, e católicos como Alceu Amoroso Lima (Tristão de Ataíde). Ou seja, eram histórias para encantar e de maneira alguma deletérias na formação do bom comportamento. Havia muito cuidado com o que as jovens liam, para se assegurar que desenvolvessem uma “moral sadia”. Normalmente o conteúdo era conservador, retrógrado e a prerrogativa era sempre o final feliz.
De certa forma, naquela altura acreditei que as aventuras de Sir Jerry houvessem selado meu destino, pois passei a sonhar em ser detetive. Ao fim e ao cabo, não atingi esse objetivo profissional, mas, até hoje, me delicio com histórias de suspense e mistério. E também com enigmas - daí o título dado ao post, do afamado enigma da esfinge.
Até mais.
Foto: www.bloggerromancesemebook.blogspot.com
Mas nunca me esqueci de um livro que marcou essa época: Sir Jerry, Detetive – O Prestidigitador. Era um volume da série que fazia parte da “Coleção Menina e Moça”, lançada pela Livraria José Olympio Editora, que divulgava os romances da famosa “Bibliothèque de Suzette”.
A história transcorria nas férias, passadas na casa do Tio Dick, de uma turma de crianças. Tia Belle contratava, então, um show de mágica para animá-los. Mórouji, o prestidigitador, começa a apresentação no escuro, e após uma estrondosa gargalhada, o mágico desaparece e em seu lugar surge uma menininha de cabelos encaracolados. Mas o colar de pérolas negras de Tia Belle desaparece também. Aí, começa o grande mistério.
Esses livros da “Coleção Menina e Moça”, apesar de publicados a partir de 1934, ficaram por muitas décadas ainda presentes no mercado literário, alcançando assim, a minha geração, e eram recomendados às garotas por serem de absoluta confiança – os editores afiançavam, assim como autores e intelectuais envolvidos na livraria da editora, como José Lins do Rego, e católicos como Alceu Amoroso Lima (Tristão de Ataíde). Ou seja, eram histórias para encantar e de maneira alguma deletérias na formação do bom comportamento. Havia muito cuidado com o que as jovens liam, para se assegurar que desenvolvessem uma “moral sadia”. Normalmente o conteúdo era conservador, retrógrado e a prerrogativa era sempre o final feliz.
De certa forma, naquela altura acreditei que as aventuras de Sir Jerry houvessem selado meu destino, pois passei a sonhar em ser detetive. Ao fim e ao cabo, não atingi esse objetivo profissional, mas, até hoje, me delicio com histórias de suspense e mistério. E também com enigmas - daí o título dado ao post, do afamado enigma da esfinge.
Até mais.
Foto: www.bloggerromancesemebook.blogspot.com
2 comentários:
"Coleção Menina Moça" é um nome muito fofinho! Acho que as histórias de detetive são uma ótima maneira de iniciar as crianças na leitura, pois são instigantes. Quando trabalhei no setor infantil da Livraria Cultura, sempre indicava Sherlock Holmes, Agatha Christie e os brasileiros Marcos Rey e Pedro Bandeira com suas histórias de investigação para crianças de várias idades.
Adorei o post, parabéns!!
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